quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

...como é o sacerdote , assim é o povo???


“Porque o teu povo é como os sacerdotes aos quais acusa... Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote” (Oseias 4.4, 9). 



O leitor certamente vem percebendo como o povo acusa o governo e como o governo acusa o povo. Mas, não quero restringir este artigo ao comportamento do povo e do governo, mas da igreja com seus pastores.
Amós traz à lume a condição espiritual do povo de Israel em seus dias, afirmando que os sacerdotes são a cara do povo e vice-versa. Amós está dizendo que os sacerdotes são a cara do povo. E Oseias me levou a refletir sobre a triste realidade desses dias na igreja. As pessoas reclamam do pastor, mas o pastor é a cara do povo. Analise comigo. 
O povo reclama do governo, da corrupção, do roubo, das mentiras, e, assim, cada candidato a um cargo político levanta a bandeira da segurança, educação e saúde. 
Certo? E o que acontece depois? 
Os políticos se corrompem, como qualquer do povo se corromperia, e, que se danem tais promessas!
O jeitinho brasileiro leva as pessoas a furar as filas, a jogarem lixo pela janela do carro, avançar o sinal, a não parar para os pedestres, a não respeitar autoridade e lei; em outras palavras, a querer levar vantagem em tudo. 
Ora, por que reclamar de seus políticos se estes espelham o que o povo faz, apenas em escala maior?
Assim também na igreja. 
As pessoas reclamam do “sacerdote”, do pastor, do uso indevido do dinheiro dos dízimos e ofertas, mas, afinal, que faz o pastor senão representar em grau maior a cara do povo?
Se na esfera político-social Oseias condena o perjúrio, a mentira, os roubos, o adultério, os arrombamentos e homicídios, na esfera espiritual, isto é, no seio da igreja essas coisas também acontecem. 
A igreja é a cara do povo.  E não deveria ser. A igreja deveria espelhar o seu grande líder, Jesus Cristo, longe das mentiras, dos roubos, do adultério, dos arrombamentos e homicídios. “Ser como Cristo, assim eu quero, ser como Cristo, meu Salvador”, cantávamos entusiasticamente. 

Mas, depois de alguns anos esquecemos de Cristo como imagem e modelo absoluto e passamos a olhar para o líder da igreja. Como não vemos no líder perfeição, reclamamos. 
Mas, o pastor é a cara do povo. Deveria, isto sim, usar de sua posição de conhecimento para levar o povo a ser como Cristo.

“O povo que não tem entendimento corre para a sua perdição” (Os 4.14).

O povo pode não ter conhecimento (ser burro), mas seu pastor não. O problema é quando o pastor e o povo se nivelam, como denunciou Oseias: O povo é igual aos sacerdotes que tanto acusa! Invertendo a ordem, o sacerdote baixou seu nível de espiritualidade e se tornou como o povo!
Portanto, antes de reclamar do governo seja exemplo de vida ao governo. Antes de reclamar do seu pastor viva como você gostaria que seu pastor vivesse! 

Pr. João A de Souza

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